Alexandre Vargas Schwarzbold

Excesso de redes sociais e a saúde

Após mais de uma década de uso de smartphones e acesso fácil a aplicativos, não temos dados epidemiológicos consistentes sobre o impacto de horas de telas e uso excessivo de redes sociais e os transtornos mentais. Informação que temos, por exemplo, entre o uso de cigarro e câncer.

No entanto, alerta nos EUA realizado pelo diretor e principal assessor do governo americano em saúde pública, Dr.Vivek Murthy, em documento de quase 20 páginas, revela dados que psicólogos e psiquiatras apontam há alguns anos: o uso excessivo de redes sociais aumenta cada vez mais os casos de ansiedade, depressão e distúrbios alimentares, em especial em crianças e adolescentes.

Programados para satisfazer a parte do cérebro que busca prazer, mostram-se muito semelhantes ao que o cigarro, drogas e jogos de azar produzem.

OMS desaconselha uso de adoçantes

Tema que abordei em outra coluna, uso de adoçantes, foi objeto de nota no mês de maio pela OMS. Novas diretrizes indicam que adoçantes artificiais não devem ser utilizados para substituir o açúcar em dietas para controlar o peso.

As diretrizes alertam para a falta de comprovação de eficácia desses produtos no emagrecimento de crianças e adultos e os efeitos colaterais no longo prazo. Alguns exemplos são aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose e stevia. Todos seguidamente prescritos.

Entre esses possíveis efeitos colaterais de uso prolongado de adoçantes, estão o desenvolvimento – paradoxal !– de diabetes tipo 2 , doenças cardiovasculares e até certos tipos de câncer.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia afirma que as evidências contra o consumo de adoçantes ainda não são definitivas, e recomenda uma avaliação com um profissional de saúde especializado. A própria OMS classifica a recomendação como condicional, afirmando a necessidade de mais evidências e estudos robustos.

Gripe aviária e o risco de infecção humana

Em três Estados do Brasil se investiga casos humanos possíveis de gripe aviária (H5N1). Até o momento, nenhum caso foi confirmado em território brasileiro.

Já identificado em muitas espécies de aves domésticas e silvestres, em muitos países das Américas, no Brasil já foi identificado cerca de 13 focos, e mais recentemente no RS, no popular cisne-de- pescoço-preto, encontrado na Estação Ecológica do Taim, no sul do Estado.

É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carnes de aves nem ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com as aves infectadas (vivas ou mortas).

Por isso, o importante trabalho de vigilância realizado pelo Ministério da Saúde e Agricultura, inclusive com a declaração de estado de emergência zoosanitária por 180 dias, orientando a população para evitar contato com aves doentes ou mortas e acionar o serviço veterinário local.

Saúde Única

Na esteira da vigilância da gripe aviária, participo esta semana, como representante da UFSM, do 1º Simpósio de Saúde Única do RS, organizado pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz – e destinado a promover o conceito de Saúde Única – abordagem global, integrada e unificadora, que preza a associação da saúde humana, animal e ambiental – no Estado do RS, visando prevenir, vigiar e controlar agravos e doenças emergentes.

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